sexta-feira, 7 de junho de 2013

Genêros Textuais

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Gênero Textual ou Gênero de Texto se refere às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, narrativa ,etc.
Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais.
Schneuwly e Dolz publicaram um quadro onde as tipologias são cruzadas com os gêneros. Desse quadro é possível deduzir que é tão importante ensinar as tipologias quanto os gêneros. Para os dois autores, há cinco tipologias que é preciso considerar no ensino de língua. Cada uma dessas tipologias é mobilizada pelas pessoas que se comunicam em diferentes gêneros, mas cada gênero exige um maior ou menor domínio de cada uma delas. É importante considerar que usamos todas essas capacidades em gêneros diversos. Por exemplo, num conto, usamos predominantemente a capacidade de narrar, mas podemos colocar personagens discutindo um assunto, e então aparecerá a capacidade de argumentar.

Gêneros orais e escritos na escola


Domínios sociais de comunicaçãoAspectos tipológicosCapacidade de linguagem dominanteExemplo de gêneros orais e escritos
Cultura Literária FiccionalNarrarMimeses de ação através da criação da intriga no dominio do verossímilConto de Fadas, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada
Documentação e memorização das ações humanasRelatarRepresentação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempoRelato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, noticia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia
Discussão de problemas sociais controversosArgumentarSustentação, refutação e negociação de tomadas de posiçãoTextos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio
Transmissão e construção de saberesExporApresentação textual de diferentes formas dos saberesTexto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência
Instruções e prescriçõesDescrever açõesRegulação mútua de comportamentosInstruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos


Exemplos de Generos Textuais


  • Carta Argumentativa
  • Carta Pessoal
  • Entrevista
  • Noticia
  • Reportagem
  • Resenha Critica
  • Abaixo Assinado
  • Anuncio 
  • Artigo de Opinião
  • Biografia
  • Campanha Comunitária
  • Carta Aberta
  • Carta do Leitor
  • Carta de Reclamação
  • Diario de Ficção
  • Diario
  • Anuncio Publicitário
  • Blog
  • Cartaz 
  • Debate
  • E-mail
  • Editorial
  • Esquema e Resumo
  • Manifesto
  • Relato Pessoal
  • Relatório
  • Painel
  • Textos Jornalisticos
  • Resenha Seminário
  • Texto Prescritivo e Injuntivo
  • Verosimilhança 





Fonologia

Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos = palavra/estudo) é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma, do ponto de vista de sua função no sistema de comunicação linguística. Esta é uma área muito relacionada com a Fonética, mas as duas têm focos de estudo diferentes. Enquanto a Fonética estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala (chamados de fones), a Fonologia preocupa-se com a maneira como eles se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.
/f/ e /v/ são exemplos de unidades distintivas do Português. É o que podemos observar num par mínimo como faca/vaca, pois o que garante a diferenciação entre essas duas palavras é a permutação entre os dois fonemas referidos. Unidades como [d] e [d͡ʒ], por sua vez, não fazem distinção entre palavras no português, embora sejam diferentes sob a ótica da Fonética.
E.g., em quase todas as variedades do português no Brasil, o fonema /d/ é pronunciado de maneiras diferentes, dependendo de sua posição relativa a outros sons: diante de [i], é realizado como [d͡ʒ], ao passo que, diante de outras vogais, é pronunciado como [d] (cf. a diferença na pronúncia do primeiro som das palavras dívida e dúvida). Por não haver contraste entre as duas formas de pronúncia, a Fonologia não concebe os dois sons como fonemas distintos; entende-os como uma unidade do ponto de vista funcional e examina as condições sob as quais se dá a alternância entre eles.
Além disso, a Fonologia também estuda outros tópicos, como a estrutura silábica, o acento e a entonação.
Fonologia Gerativa [editar]
Há uma abordagem para Fonologia que trabalha com uma contrapartida mental e abstrata do som. Baseada em um sistema de traços distintivos, essa abordagem é uma das bases, por exemplo, da Fonologia Gerativa. A seleção de uma entidade abstrata como foco remete aos trabalhos do Círculo Linguístico de Praga. Nessa abordagem, é mais relevante a estrutura de traços de um fonema do que sua realidade concreta.
A partir do uso de traços distintivos em um plano mental, é possível explicar fenômenos fonológicos como o da assimilação de /d/ por /n/ na formação do gerúndio na Norma Não-Padrão do Português Brasileiro (“cantando” -> “cantano”). Por dividir muitas marcações de traços em comum com o /d/, o /n/ acaba assimilando esse fonema. Pode-se visualizar esse processo através do esquema abaixo:
/n/ /d/
Soante + +
Contínuo - -
Anterior + +
Coronal + +
Sonoro + +


Os sistemas ortográficos de algumas línguas são baseados no princípio fonêmico de um grafema (letra ou combinação de letras) para cada fonema e vice-versa. Na prática, esse ideal de biunivocidade nem sempre é alcançado, sendo mais aproximado em algumas línguas do que em outras. Em português, por exemplo, o mesmo som é, por vezes, representado de maneiras diferentes, dependendo da palavra (e.g. /ʃ/, representado como x em <xadrez> e como ch em <chuva> — diferenciado como [ʃ] / [tʃ] apenas por escassos milhares de falantes do extremo nordeste de Portugal); outra possibilidade é a de uma mesma letra ser usada para fonemas diferentes (e.g. a letra e representa [e] em <medo>, como o [ɨ] em <padre> (em português europeu) e [ɛ] em <queda>).
Para inequivocamente representar todos os sons das línguas humanas, fonólogos e foneticistas empregam alfabetos fonéticos, projetados com o objetivo de caracterizar precisamente cada símbolo. O mais conhecido deles é o Alfabeto Fonético Internacional, conhecido como IPA, na sigla em Inglês. Uma das convenções largamente utilizadas em estudos da área é usar colchetes, "[ ]", para delimitar uma transcrição fonética, barras inclinadas à direita, "/ /", para delimitar categorias ou sequëncias de fonemas e parentesis angulares, "< >", para delimitar cadeias de caracteres (palavras, etc) de uma língua.

Fonética

 Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo1 . Segundo Borba1 , subdivide-se em:
Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);
Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva.
Outros autores consideram também uma CUU terceira subdivisão:
Fonética auditiva: estuda os processos que realiza o receptor na recepção e interpretação da onda sonora.
A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones. A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através do Alfabeto Fonético Internacional (AFI), desenhado pela Associação Internacional de Fonética (I.P.A.).
Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. Por exemplo, o som de "rr" em alguns dialectos do português do Brasil é realizado foneticamente pela consoante fricativa velar surda (x no AFI). Entretanto, essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no AFI) que a palavra que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenómeno, dá-se em fonologia o nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português brasileiro. Um grupo composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é denominado fonema. Deve-se ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa. Por exemplo, no Alemão compõem fonemas separados.
O estudo dos fonemas é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são frequentemente confundidas porque os conceitos de fone e fonema também geram confusão.

Curiosidades da Lingua Portuguesa

Palavras que perderam acento

Paroxítonas com os ditongos "oi" e "ei" - 904 palavras

Ex: boia e ideia


Palavras com Trema - 358 Palavras

Ex: Linguiça

Com "u" e "i" tônicos após ditongo - 32 palavras
Ex: Feiura

Com acento diferencial - 22 palavras
pelo substantivo


Com  o Hiato "OO"

Lêr dar sono?


Não é ler um livro que dá sono, claro, mas substâncias químicas que agem no corpo. Uma delas é a adenosina, que se acumula ao longo do dia. Quanto mais adenosina, maior o sono, explica Fábio Haggstram, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital São Lucas, de Porto Alegre. Ou seja, o problema, na verdade, é a hora da leitura. Experimente ler em outro horário. Você pode até sentir preguiça, não conseguir nem virar a página e se entediar. Mas não terá sono.
Já a segunda substância envolvida é a melatonina. Ela regula o sono, pois é liberada quando o ambiente escurece. Por isso dormimos, normalmente, à noite. E, como a luz inibe a produção de melatonina, quem lê no tablet, por exemplo, tende a sentir menos sono do que quem lê no papel. É por esse mesmo motivo que é mais fácil passar horas na internet ou vendo televisão do que ler um bom livro de madrugada. Não se sinta culpado se a TV estiver mais agradável às 4h.

Três dicas para não dormir
Ponha a leitura em dia antes de cair no sono

1. Começou a bocejar? Levante e dê uns pulinhos. Estar acordado é reagir a estímulos, e esse pequeno exercício nada mais é do que um estímulo motor. De quebra, vai ajudar a quebrar a monotonia.

2. Ler em voz alta exercita outras partes do cérebro, como o lobo temporal (relacionado à audição) e o lobo frontal (relacionado à produção da fala), e vai acabar com aquela preguiça momentânea.

3. Leia sentado. É lógico: a não ser que você tenha problema na coluna, é mais difícil dormir sentado do que deitado, já que, para dormir, é preciso relaxar toda a musculatura, o que não ocorre sentado.

Origem dos símbolos e acentos 



AcentoLatimAccinere, cantar
Agudo ( ´ )LatimAcus, agulha
Circunflexo ( ^ )LatimCircumflexus, círculo dobrado
Crase ( ` )GregoKraseos, ação de misturar
Til ( ~ )LatimTitulus, inscrição sobre a porta de uma sepultura
Cedilha (ç)CastelhanoZedilha, diminutivo da letra “zeda” (Z)
Vírgula ( , )LatimVirgula, varinha
Ponto ( . )LatimPunctum, furo feito com uma agulha
Exclamação ( ! )LatimLo, uma expressão de alegria
Interrogação ( ? )LatimQuaestio, pergunta
Hífen ( - )GregoHuphén, juntamente
Asterisco ( * )GregoAsteriskos, pequena estrela
Aspas ( “ )GóticoHaspa, dobradura
Apóstrofo ( ‘ )GregoApostrophos, “que voltou”
Parênteses ( )GregoParentheseos, ação de intercalar
Reticência ( ... )LatimReticentia, silêncio
Cifrão ( $ )ÁrabeSifr, vazio
Arroba ( @ )ÁrabeAr-rubá, medida de peso


Nomes de carros = substantivos, verbos e adjetivos?



Veja que interessante o texto a seguir: nele, diversos substantivos, verbos e adjetivos foram substituídos por nomes e marcas de carros, o que não prejudicou o entendimento da mensagem, dada a semelhança fonética e gráfica existente entre as palavras.

O Seguro
Hoje em dia o seguro de um automóvel é indispensável. Não podemos deixar nem Uno de nossos Benz a Mercedes desses ladrões que fazem a Fiesta, nessa Honda de assaltos!
A Marea tá Brava! Quem não segura o seu automóvel pode se Ferrari e depois só GM pelos cantos, ou fica a Ranger os dentes e a Courier de um lado para outro, vigiando a Strada e perguntando:
- Kadett meu carro?
Faz a maior Siena e fica Palio de nervoso! Aí vai rezar um terço para Santana ajudar. Mas isso não Elbastante para ter seu carro de volta! Seguro é o Tipo de negócio difícil, Mazda para resolver sem ficar com cara de Besta no final!
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"Português" em vários idiomas

Alemão: PortugiesischHolandês: Portugees
Árabe: البرتغاليةHúngaro: Portugál
Bretão: PortugalegInglês: Portuguese
Catalão: PortuguèsItaliano: Portoghese
Crioulo haitiano: PòtigèIslandês: Portúgalska
Croata: Portugalski jezikJaponês: ポルトガル語 ([porutogarugo])
Curdo: PortugalîLatim: Lingua lusitana
Dinamarquês: PortugisiskLuxemburguês: Portugies
Esloveno: Portugalski jezikNorueguês: Portugisisk
Espanhol: PortuguésPersa: زبان پریتغال
Esperanto: Portugala lingvoPolonês/Polaco: Portugalski
Estoniano: Portugali keelRomeno: Portugheză
Finlandês: PortugaliRusso: Португальский ([Portugal'skiy])
Francês: PortugaisSueco: Portugisiska
Galego: PortuguésTcheco/Checo: Portugalština
Galês: PortiwgalegTurco: Portekizce
Grego: Πορτογαλικά ([portogaliká])Ucraniano: Португальська ([portuhal'ska])
Groenlandês: PortugalimiusutVietnamita: Tiếng Bồ Đào Nha
Hebraico: פורטוגזית ([portugezit])Zulu: IsiPutukezi

Africanidades


Historia da Africa



A História da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam da Antiguidade clássica. No entanto, vários povos deixaram testemunhos ainda mais verossímeis da sua existência. Além disso, os mais antigos fósseis de hominídeos, com cerca de cinco milhões de anos, foram encontrados na África.
 O Egito foi provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos. Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas, por vezes ocupando partes do "Continente Negro" por largos períodos. A estrutura atual de África, no entanto, é muito recente – meados do século XX – e resultou da colonização europeia.
De facto, a divisão entre estados que hoje existe resultou da partilha da África pelas potências coloniais europeias, consagrada na Conferência de Berlim. Com excepção da Etiópia, que só foi dominada pela Itália durante um curto período, e da Libéria, um estado criado pelos Estados Unidos durante o processo de abolição da escravatura, no século XIX, todos os países da África contemporânea foram constituídas como colônias europeias, nos séculos XIX e XX, e apenas conheceram a sua independência na segunda metade do século XX.

Apartheid

A questão racial assumiu uma forma radical na África do Sul: embora os negros, mestiços e descendentes de indianos constituíssem 86% da população, eram os brancos que detinham todo o poder político, e somente eles gozavam de direitos civis.
A origem desse sistema, denominado apartheid, data de 1911, quando os africânderes (descendentes de agricultores holandeses e franceses que emigraram para a África do Sul) e os britânicos estabeleceram uma série de leis para consolidar seu domínio sobre os negros. Em 1948, a política desgregação racial foi oficializada, criando direitos e zonas residenciais para brancos, negros, asiáticos e mestiços.
Na década de 1950, foi fundado o Congresso Nacional Africano (CNA), partido político contrário ao apartheid na África do Sul. Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e seu líder Nelson Mandela, condenado à prisão perpétua. De 1958 a 1976, a política do apartheid se fortaleceu com a criação dos bantustões, apesar dos protestos da maioria negra (vide Massacre de Soweto).
Diante de tal situação, cresceram o descontentamento e a revolta da maioria subjugada pelos brancos; os choques tornaram-se frequentes e violentos; e as manifestações de protesto eram decorrência natural desse quadro injusto. A comunidade internacional usou algumas formas de pressão contra o governo sul-africano, especialmente no âmbito diplomático e econômico, no sentido de fazê-lo abolir a instituição do apartheid.
Finalmente, em 1992, Frederik de Klerk aboliu as leis discriminatórias e libertou Mandela. Em 1994, tiveram lugar as primeiras eleições multirraciais na África do Sul, em que o CNA ganhou a maioria, embora dando o lugar de Vice-presidente a De Klerk; o CNA continuou a ganhar as eleições até 2009, continuando a governar.



Descolonização da Africa


s duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas colônias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colônias, iniciando-se a descolonização.
Este processo foi geralmente antecedido por um conflito entre as "forças vivas" da colonia e a administração colonial, que pode tomar a forma duma guerra de libertação (como foi o caso de algumas colônias portuguesas e da Argélia). No entanto, houve casos em que a potência colonial, quer por pressões internas ou internacionais, quer por verificar que a manutenção de colônias lhe traz mais prejuízos que benefícios, decide por sua iniciativa conceder a independência às suas colônias, como aconteceu com várias das ex-colônias francesas e britânicas. Nestes casos, foi frequente o estabelecimento de acordos em que a potência colonial tem privilégios no comércio e noutros aspectos da economia e política.




Influência no Brasil

Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.
Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste.
Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje.

Influencia no cardápio


Você sabia que os africanos deram uma importante contribuição para a  culinária brasileira? Eles introduziram ingredientes diferentes como  leite  de coco-da-baía, o azeite de dendê, a pimenta malagueta.
Com eles descobrimos o feijão preto, aprendemos a fazer acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu, pamonha e muito mais!
Os portugueses traziam da Europa os ingredientes para fazerem suas comidas. A comida reservada para os escravos  era pouca. Eles se alimentavam dos restos que sobravam dos senhores.

Mas, com criatividade, faziam comidas gostosas. Enquanto as melhores carnes iam para a mesa dos senhores, os escravos ficavam com as sobras. Pés, orelhas, carne seca, rabos, costelinhas e outras partes do porco, misturadas ao feijão preto, deram origem à nossa tradicional feijoada.
A culinária  africana para a nossa cultura é tão importante que o acarajé virou patrimônio nacional. 

Palavras que usamos na Lingua Portuguesa de Origem Africana


A
abará: bolinho de feijão.
acará: peixe de esqueleto ósseo.
acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.
angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.

B
bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.
bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.
banzar: meditar, matutar.
banzo: nostalgia mortal dos negros da África.
banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.
batuque: dança com sapateados e palmas.
banguela: desdentado.
berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.
búzio: concha.

C
cachaça: aguardente.
cachimbo: aparelho para fumar.
cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.
Caculé: cidade da Bahia.
cafife: diz-se de pessoa que dá azar.
cafuca: centro; esconderijo.
cafua: cova.
cafuche: irmão do Zumbi.
cafuchi: serra.
cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.
cafuné: carinho.
cafungá: pastor de gado.
calombo: quisto, doença.
calumbá: planta.
calundu: mau humor.
camundongo: rato.
Candomblé: religião dos negros iorubás.
candonga: intriga, mexerico.
canjerê: feitiço, mandinga.
canjica: papa de milho verde ralado.
carimbo: instrumento de borracha.
catimbau: prática de feitiçaria .
catunda: sertão.
Cassangue: grupo de negros da África.
caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.
caxumba: doença da glândula falias.
chuchu: fruto comestível.
cubata: choça de pretos; senzala.
cumba: forte, valente.
Cumbe: povoação em Angola.

D
dendê: fruto do dendezeiro.
dengo: manha, birra.
diamba: maconha.

E
efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.
Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.

F
fubá: farinha de milho.

G
guandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.

I
inhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.
Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.
iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).

J
jeribata: alcóol; aguardente.
jeguedê: dança negra.
jiló: fruto verde de gosto amargo.
jongo: o mesmo que samba.

L
libambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).
lundu: primitivamente dança africana.

M
macumba: religião afro-brasileira.
máculo: nódoa, mancha.
malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.
maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.
marimba: peixe do mar.
marimbondo: o mesmo que vespa.
maxixe: fruto verde.
miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.
milonga: certa música ao som de violão.
mandinga: feitiçaria, bruxaria.
molambo: pedaço de pano molhado.
mocambo: habitação muito pobre.
moleque: negrinho, menino de pouca idade.
muamba: contrabando.
mucama: escrava negra especial.
mulunga: árvore.
munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.
murundu1: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.
mutamba: árvore.
muxiba: carne magra.
muxinga: açoite; bordoada.
muxongo: beijo; carícia.
maassagana: confluência, junção de rios em Angola.

O
Ogum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.
Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.

P
puita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.

Q
quenga: vasilha feita da metade do coco.
quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.
quibebe: papa de abóbora ou de banana.
quilombo: valhacouto de escravos fugidos.
quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.
queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .
quimbebé: bebida de milho fermentado.
quimbembe: casa rústica, rancho de palha.
quimgombô: quiabo.
quitute: comida fina, iguaria delicada.
quizília: antipatia ou aborrecimento.

S
samba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).
senzala: alojamento dos escravos.
soba: chefe de trigo africana.

T
tanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.
tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.

U
urucungo: instrumento musical.

V
vatapá: comida.

X
xendengue: magro, franzino. 

Z
zambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.
zumbi: fantasmas.